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28 de Março de 2024
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O que não consigo criar não consigo compreender.
Richard P. Feynman


Não se pode ensinar tudo a alguém, pode-se apenas ajudá-lo a encontrar por si mesmo.
Galileu Galilei

 
Sempre imaginei que o paraíso será uma espécie de biblioteca.
Jorge Luis Borges

 
A honestidade foi e será sempre a arma decididamente mais forte para todas as lutas da humanidade que vive e progride.
Enrico Fermi

 
A melhor prova de que a navegação no tempo não é possível é o facto de ainda não termos sido invadidos por massas de turistas vindos do futuro.
Stephen Hawking

Início Atividades Arquivo Mercúrio.ESFFL 'ua: Poucas respostas para a escassez
'ua: Poucas respostas para a escassez PDF Versão para impressão Enviar por E-mail

vˍforumˍaguaˍ2.jpg  No passado mês de Março realizou-se em Istambul, na Turquia, o V Fórum Mundial da Água , onde se debateram, entre outros, o problema do consumo exagerado (nos países ricos), o desperdício, a necessidade de se encontrara respostas para a escassez de um recurso pressionado pelo crescimento populacional, a ineficiência e o aumento galopante da produção de energia com recurso a este bem.

  Entre outros assuntos, abordou-se o facto de que o aumento da escassez da água está a elevar os riscos de conflitos entre países que partilham rios e lagos, na sua demanda por água potável.

  Segundo as palavras do presidente do Conselho Mundial da Água, Loïc Fauchon, “aumentar indefinidamente a oferta de água é cada vez mais caro, muito mais caro hoje, num contexto de crise financeira e crise climática, do que anteriormente. Para além de que aumentar a oferta irá colocar em perigo o próprio recurso natural. 

  Para Fauchon, o homem é o principal responsável “pelas agressões cometidas contra a água, pela evolução do clima que se soma às mudanças globais e pelas pressões que reduzem a disponibilidade das massas de água doce indispensáveis à sua própria sobrevivência.”

  Por sua vez, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), alerta para o facto do número de pessoas com graves problemas no acesso à água potável poder atingir em 2030 cerca de 3,9 biliões, ou seja, metade da população mundial – sendo que a maioria vive na China e Sul da Ásia. Ainda assim, as contas da OCDE não incluem o impacto das mudanças climáticas, que podem estar já a afectar as coordenadas da água, quer dizer, a alterar o lugar e o momento das chuvas e “nevascas” (veja-se o recente caso no Dakota do Norte nos EUA e as cheias no Sul da China ).

  Muitos cientistas afirmam que as principais causas da crise da água são a irrigação ineficiente e excessiva, a contaminação dos rios, a extracção descontrolada – que faz com que se esgotem algumas reservas de água subterrânea dificilmente recuperáveis) – e o aumento exponencial de zonas de forte concentração urbana – embora cerca de 2,5 biliões de pessoas não tenham sequer acesso a saneamento básico.

   Segundo o último relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), as reservas de água potável do planeta estão ameaçadas por factores que incluem o aquecimento global, mas também as obsoletas técnicas de irrigação, o desperdício que existe no transporte da água por causa de canalizações antigas (nos países que as têm) e finalmente o próprio crescimento demográfico – a previsão é de que a população mundial possa atingir os 9 biliões até meados do século XXI, o que fará aumentar consideravelmente a procura de recursos hídricos, podendo-se atingir a astronómica cifra dos 64 biliões de metros cúbicos por ano, dificilmente comportáveis pelo planeta.

markˍsmith.jpg  Mark Smith, actual director da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), alertou que até 2025 dois terços da população mundial estarão a viver sob os efeitos da carência de água. Segundo ele, “o aquecimento global far-se-á sentir em primeiro lugar e de forma mais intensa na água, seja na forma de secas, cheias, degelo e tempestades fortíssimas, seja na elevação do nível do mar. A isto acrescem as palavras de Achim Steiner, director executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA),que advertem para as consequências de uma desigual distribuição da água no mundo, o que potenciará o desencadear de conflitos em diversas regiões (não apenas africanas). Aliás, o actual conflito no Oeste do Sudão , em Darfur , tem como uma das principais causas precisamente a disputa pela água.

   Para Daniel Zimmer, membro do Conselho Mundial da Água , é premente que “os políticos compreendam que a água devia estar no topo das suas agendas e que é necessária para o bem-estar, estabilidade e saúde das suas populações.”

 

gelo-artico.jpg  Uma projecção feita pela ONU sobre os efeitos do aquecimento global veio vincar ainda mais a urgência da agenda de Istambul: a partir de 2100 o Ártico deverá ficar privado de gelo no mês de Setembro e o nível do mar poderá subir em, pelo menos, um metro, condenado 600 milhões de pessoas ao êxodo. Entretanto, o exponencial crescimento demográfico e a crescente necessidade de utilização da água para fins domésticos e industriais, anteciparão os problemas para a década de 30 deste século.

   Estamos a cerca de duas décadas das previsões mais sombrias e catastróficas, mas são já centenas de milhões os seres humanos expostos ao risco de desastres relacionados com a água. Só em África 500 milhões de pessoas ainda sofre com a falta de condições básicas de saneamento. 80% das doenças, nas nações em desenvolvimento, estão relacionadas com a qualidade da água ou com a falta dela, sendo que pelo menos 10% das doenças poderiam ser evitados com  medidas básicas de saneamento e higiene.secaˍafrica.jpg

 

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